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Peugeot 206 hatch Feline Automatic 1.6 16V Flex – Fotos: Pedro Paulo
Figueiredo/Carta Z Notícias – Data: 13/11/2007 –
A menção dos créditos é obrigatória
O custo do benefício
Versão automática do Peugeot 206 hatch sofre com o alto preço pelo “equipamento
de luxo”
por Diogo de
Oliveira
Auto Press
O Peugeot 206 automático sofre de um antigo “conflito”:
o câmbio é caro demais para um compacto. Por isso mesmo, o hatch da
marca francesa com transmissão automática seqüencial só é vendido na
versão topo de linha, a Feline, que custa R$ 48.800, preço que reforça o
estigma de opcional de luxo do câmbio automático. Os números de vendas
do 206 são resultado dessa dicotomia. Das 39.642 unidades
comercializadas desde março desse ano, quando chegou o modelo
automático, apenas 631 modelos deixaram a planta da PSA Peugeot Citroën,
em Porto Real, no Rio de Janeiro, com o câmbio Tiptronic instalado. Ou
seja, desde que foi lançada, a versão automática obteve ínfimos 1,6% de
participação nas vendas do hatch.
Maas a investida da Peugeot tem seu valor. O maior
mérito está justamente no moderno câmbio Tiptronic – sistema criado pela
Porsche. Outro é que pode se contar nos dedos de uma mão os compactos
nacionais que oferecem versão automática – além do 206 hatch e SW,
somente o Honda Fit e a recém-lançada Chevrolet Meriva Easytronic, que
usa um câmbio robotizado. Entre os importados, há o subcompacto coreano
Kia Picanto automático.
O único concorrente direto do hatch da Peugeot,
portanto, é o Fit, que é equipado com o avançado câmbio continuamente
variável, CVT. Os preços são equivalentes: o modelo da marca francesa
sai por R$ 48.800, enquanto o da Honda tem preço inicial de R$ 49.580. Um
pouco acima, a Meriva é vendida por R$ 54.314. E no andar de baixo vem o
Kia Picanto, por R$ 40.900, só que com motor 1.1 litro a gasolina de 64
cv de potência – bem mais manso que os propulsores dos rivais. O Fit, na
versão de entrada LX, traz o motor 1.4 litro a gasolina de 80 cv e a
Meriva é empurrada pelo propulsor 1.8 litro flex, que produz 114 cv com
álcool e 112 com gasolina. Já o 206 é movido pela unidade de força 1.6
litro flex, com 113 cv de potência com álcool e 110 cv com gasolina a
5.600 rpm.
Há, porém, muito mais que potência no carrinho da
Peugeot. O 206 hatch traz farta lista de equipamentos de fábrica – que,
na teoria, ajuda a justificar os elevados R$ 48.800. Estão disponíveis:
volante e faróis com ajuste de altura, vidros e travas elétricos, ar com
controle digital, direção hidráulica, faróis de neblina, rodas de
alumínio aro 14, rádio/CD com MP3 e controle na coluna de direção,
computador de bordo e freios com ABS, além de bancos esportivos, sensor
de luminosidade, brake-light, luzes traseiras de neblina e vidros
verdes. De se estranhar é a ausência de airbags de série. Ele é opcional
vendido apenas sob encomenda.
Ponto a ponto
Desempenho – A combinação entre motor 1.6 flex e o câmbio
automático Tiptronic tem seus prós e contras no 206. O hatch compacto
tem desempenho interessante. Os 113 cv com álcool deixam rápidas as
acelerações e retomadas. O zero a 100 km/h é feito em 9,8 segundos, a
recuperação de 60 km/h a 100 km/h em D se dá em 12,3 s e a máxima é de
195 km/h. Mas o câmbio de quatro marchas não permite muitas estrepolias.
O escalonamento é muito aberto, com muita diferença de giros entre as
marchas, e apresenta trancos. Nota 7.
Estabilidade – O 206 tem um bom ajuste de suspensão. Tanto em
baixa quanto em velocidades mais altas, o hatch se mantém estável. No
limite, porém, solta a traseira – e como a tração é dianteira, a
correção não é tão fácil. A flutuação surge só após os 150 km/h. Nota 7.
Interatividade – O 206 é bem-resolvido em relação a comandos e
regulagens. Os botões e alavancas ficam ao alcance do motorista. A
leitura do painel é simples e direta, o computador de bordo oferece uma
boa quantidade de informações e a ergonomia é correta. A manobrabilidade
sofre um pouco pela grossa coluna traseira. Nota 8.
Consumo – O modelo avaliado fez média elevada de 6,4 km/l com
álcool em percurso que mesclou 2/3 na cidade e 1/3 na estrada. Nota 6.
Conforto – Dos hatchs compactos nacionais, o Peugeot 206 é dos
mais confortáveis. A suspensão absorve bem as irregularidades, o espaço
interno é bom e o isolamento acústico, eficiente. E os bancos esportivos
da versão automática seguram muito bem o corpo. Nota 8.
Tecnologia – O câmbio automático é o ponto alto da versão topo de
linha do Peugeot 206, mas apresenta delays nas passagens e o fato de ter
apenas quatro marchas impede que se explore plenamente o bom motor 1.6
16V. No mais, computador de bordo, ABS e outros apetrechos servem para
justificar o salgado preço. A ausência de airbag, no entanto, é
injustificável num modelo de quase R$ 50 mil. Nota 7.
Habitabilidade – Apesar de compacto, o espaço no 206 é bem
aproveitado. Não há sobras, mas o habitáculo também não provoca
claustrofobia. Acessos amplos, boa iluminação e vasta quantidade de
porta-objetos ajudam no convívio. O porta-malas carrega razoáveis 245
litros. Nota 7.
Acabamento – Nem mesmo a predominância de plásticos no 206 é
capaz de causar desconforto. As texturas agradam aos olhos e ao toque,
assim como os tecidos dos bancos e forro das portas. Só mesmo o desenho
antiguinho deixa má impressão. Nota 7.
Design – O estilo do 206 é um de seus trunfos desde a estréia no
Brasil. As linhas são características da Peugeot, com faróis afilados na
diagonal e lanternas que lembram olhos de felino. Está defasado em
relação à Europa, onde o sucessor 207 já roda há mais de ano, embora o
206 permaneça como modelo de entrada. Nota 7.
Custo/benefício – Os R$ 48.800 pedidos são demasiados, ainda
mais porque o 206 automático não tem sequer airbag. Nota 6.
Total – O 206 automático somou 70 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao
dirigir
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O câmbio automático deixa o Peugeot 206 muito agradável de
dirigir. Sobretudo na cidade, onde os congestionamentos exigiriam repetidos
movimentos de troca de marchas. O motor 1.6 litro flex, com 113 cv com
álcool e 110 cv com gasolina, é muito bem disposto, embora o câmbio
automático seqüencial Tiptronic de quatro marchas roube um pouco de sua
agilidade. Há delays nas trocas de marcha, principalmente quando se pisa
fundo no pedal do acelerador. Mas diante dos 1.027 kg do hatch, a
performance se mantém viril e as acelerações e retomadas, fortes. O modelo
vai de zero a 100 km/h em bons 9,8 segundos.
O desempenho robusto encontra fôlego também no estilo
arrojado e no ambiente confortável. Acabamento com design antiguinho, mas
bem-feito, bom isolamento acústico e ergonomia correta garantem momentos
agradáveis a bordo do hatch. O fácil acesso aos comandos também é notável.
Só que o pacote de equipamentos, sem airbag, fica incompleto. Mas estão lá
freios com ABS, ar automático, vidros e travas elétricos, bancos esportivos
e rodas de liga leve aro 14.
Ficha técnica
Peugeot 206 Feline Automatic 1.6 Flex
Motor: Gasolina ou álcool, dianteiro, transversal, 1.587 cm³, quatro
cilindros em linha, duplo comando no cabeçote e quatro válvulas por
cilindro. Injeção eletrônica multiponto seqüencial e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automático seqüencial de quatro velocidades à frente e
uma a ré. Tração dianteira.
Potência máxima: 110 cv com gasolina e 113 cv com álcool a 5.600 rpm.
Torque máximo: 14,2 kgfm com gasolina e 15,5 kgfm com álcool a 4 mil rpm.
Diâmetro e curso: 78,5 mm x 82 mm. Taxa de compressão: 10,5:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais e
amortecedores hidráulicos integrados. Traseira independente com barras de
torção transversais, amortecedores hidráulicos, braços duplos e barra
estabilizadora.
Freios: A discos ventilados na frente e a discos sólidos atrás.
Carroceria: Hatch compacto em monobloco, com quatro portas e cinco lugares.
Com 3,83 metros de comprimento, 1,65 m de largura, 1,43 m de altura e 2,44 m
de entre-eixos.
Peso: 1.027 kg em ordem de marcha.
Capacidade do porta-malas: 245 litros/1.130 litros com os bancos traseiros
rebatidos.
Tanque de combustível: 50 litros.
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